Oscar 2023 – Melhor Atriz (Setembro)

Com a estreia de Tár em Veneza, Cate Blanchett parece ter feito o impossível: receber, mais uma vez, as melhores críticas de sua carreira. A atriz já havia sido implacável com a crítica por seu trabalho em Blue Jasmine, mas as reações referentes a sua atuação no novo filme de Todd Field não são nada menos que extraordinárias. A atriz é a atual favorita a vencer a categoria de Melhor Atriz, mas o fato dela já ter outros 2 Oscars por atuação pode atrapalhar a sua campanha.

Michelle Williams era vista como a favorita na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, mas após o súbito anuncio de que ela iria concorrer na categoria de atriz principal, houve uma grande mudança nos rumos da disputa. The Fabelmans é o grande favorito na categoria de Melhor Filme, o que dá grande visibilidade e força pra Williams, que com quatro indicações ao Oscar, pode ser vista como uma atriz que muitas vezes foi subestimada pela indústria e que já está mais do que na hora de ser reconhecida.

Mas também temos Michelle Yeoh na corrida, outra atriz que muitas vezes foi subestimada pela indústria. Ela já havia sido reconhecida por algumas premiações por seu trabalho em Crouching Tiger, Hidden Dragon, mas falhou em conseguir a indicação ao Oscar. Com Everything Everywhere All At Once, Yeoh parece estar muito bem posicionada para conseguir, finalmente, ser reconhecida de alguma forma. Mesmo que o filme não seja algo que costuma ser reconhecido pela Academia, não se pode negar que o trabalho de Yeoh é especial e merecedor de honrarias.

Apesar de ainda não termos reações ou críticas oficiais de Babylon, não é difícil visualizar que Margot Robbie tenha grandes chances ao prêmio. A atriz, que é uma das novas favoritas de Hollywood, já possui duas indicações ao Oscar, e estrelando no novo épico de Damien Chazelle, é bem provável que seja mais indicada mais uma vez. Existem rumores de que Robbie pode ser transferida para a categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, mas sem um posicionamento oficial do estúdio, ela continua na corrida pela categoria de atriz principal.

Outro filme que ainda não temos reações oficiais, mas que possui ótimos rumores sobre sua atriz principal, é Till, estrelado por Danielle Deadwyler. O filme que conta a história real da mãe de Emmett Louis Till, um menino negro de 14 anos que foi linchado no Mississippi, tem de tudo para ser abraçado pela Academia. Deadwyler tem um dos papéis mais fortes dessa temporada de premiações e, caso os rumores ao redor da sua performance sejam verídicos, é bem possível que a atriz seja uma ameaça real a vencer a categoria. A única coisa que pode prejudicá-la é o fato dela não ser um grande nome em Hollywood, apesar de suas ótimas atuações em The Harder They Fall e na minissérie Station Eleven.

Falando em papéis fortes, temos Naomi Ackie interpretando Whitney Houson em I Wanna Dance With Somebody, cinebiografia sobre a vida da cantora. Mas os rumores ao redor da qualidade do filme não são os melhores. Ano passado, com o snub de Jennifer Hudson por Respect, vimos como a Academia não abraça projetos que não entreguem aclamação pela crítica ou sucesso de bilheteria, por mais relevantes que os papéis sejam. Com o sucesso na bilheteria americana, Viola Davis é uma possível candidata na categoria por The Woman King, mas o seu papel não parece atraente o suficiente para os votantes, que podem simplesmente não aceitar o filme como um real competidor na temporada. Empire of Light teve uma recepção desastrosa em Telluride e Toronto, se tornando uma das maiores decepções do ano, mas é impossível não considerar Olivia Colman por um filme de Sam Mendes, ainda mais com o seu papel sendo aparentemente muito chamativo. Blonde é, indiscutivelmente, um dos filmes mais polêmicos do ano e, apesar de toda a aclamação ao redor da interpretação de Ana De Armas como Marilyn Monroe, a natureza hostil do filme deve afastar grande parte dos votantes. Jennifer Lawrence surpreendeu a crítica de Toronto com o seu trabalho em Causeway, que foi descrito como o retorno da atriz a atuações mais sutis, mas talvez o filme seja independente demais para causar um grande impacto na indústria, que tende a favorecer filmes maiores e mais chamativos.

Confira nossa aposta:

  1. Cate Blanchett, Tár
  2. Michelle Williams, The Fabelmans
  3. Michelle Yeoh, Everything Everywhere All At Once
  4. Margot Robbie, Babylon
  5. Danielle Deadwyler, Till
  6. Naomi Ackie, I Wanna Dance With Somebody
  7. Viola Davis, The Woman King
  8. Olivia Colman, Empire of Light
  9. Ana De Armas, Blonde
  10. Jennifer Lawrence, Causeway