No sexto dia do festival de Venice, o filme de maior repercussão da programação foi ‘Don’t Worry Darling‘ da diretora Olivia Wilde, que levou uma enxurrada de críticas negativas. Já o longa ‘The Banshees of Inisherin‘ de Martin McDonagh teve uma recepção muito boa com os críticos.
Confira a recepção da crítica especializada aos filmes ‘Don’t Worry Darling‘ e ‘The Banshees of Inisherin‘ no sexto dia do festival de Veneza de 2022.

THE BANSHEES OF INISHERIN (direção de Martin McDonagh)
“A tragicomédia irônica de Martin McDonagh é o seu melhor filme desde ‘In Bruges’.”
Indiewire (B+)
“The Banshees of Inisherin é outro drama acerbico, perigoso, sombriamente divertido, e dolorosamente triste, feito por um mestre em dominar mudança de tons na narrativa.”
Total Film (4/5)
“Colin Farrell e Brendan Gleeson são fantásticos no escorregadio e complexo tragicômico de Martin McDonagh, ambientado em 1923, durante os últimos momentos da Guerra Civil Irlandesa.”
The Telegraph (5/5)
“The Banshees of Inisherin é pitoresco e peculiar, melancólico e distintamente irlandês, um tipo melhor de filme para um escritor e cineasta que fica inexato quando tenta tomar risco maiores. Farrell é o destaque particular aqui. Ele lixa as dimensões mais gritantes de Pádraic – sua infantilidade irritante, sua teimosia – em forma humana. É uma performance cheia de alma e complicada, mas que nunca se perde em maneirismos.”
“Preservando o título, mas usando uma narrativa completamente nova para elaborar sua sugestão de folclore, o quarto longa-metragem do escritor-diretor é seu trabalho mais irlandês para a tela até hoje, e também um de seus melhores.”
“Como a terra esparsa de seu cenário, Inisherin é um filme que revela muito através da observação e reflexão. Enquanto eu estou escrevendo sobre sua seriedade emocional, percebo que também é compassivo e bem-humorado.”
“Esta não é uma comédia bromântica, e você realmente não deve esperar por nenhuma sensação de bem-estar (embora haja muitas risadas, se o seu humor pende para o lado sombrio). Mas o filme é cativante e lindamente montado, e com certeza não decepcionará ninguém que tenha gostado dos filmes anteriores de McDonagh.”
Empire (4/5)

DON’T WORRY DARLING (direção de Olivia Wilde)
“É um filme abandonado em um deserto de falta de originalidade – e o deserto não floresce.”
The Guardian (2/5)
“Não é tão impossível de assistir, mas por todas as alegações que Olivia Wilde fez desde o anúncio do filme sobre seus elementos feministas, é uma história bastante rotineira e sem imaginação de escapar do patriarcado – uma que já foi contada antes e melhor.”
“As primeiras cenas de “Don’t Worry Darling” são as melhores do filme, mas mesmo aí é difícil não notar a maneira forçada com que o filme telegrafa sua própria escuridão.”
“Don’t Worry Darling é realmente muito divertido se você estiver com disposição, mesmo que o thriller psicológico açucarado de Wilde não reescreva as regras do gênero de maneira significativa.”
“Harry Styles não é horrível. Para ser justo, seu personagem é mais fraco e menos interessante que o de Florence Pugh – na telona, ele não tem carisma e alcance. Mas certamente não é a pior coisa de Don’t Worry Darling.”
Standard UK (2/5)
“‘Don’t Worry Darling’ realmente não funciona no final. A ousadia e a ambição atrapalham o filme. Mas mesmo com um passo em falso, Wilde ainda tem um talento para o cinema que vale a pena ficar de olho.”
The Playlist (C)
“Wilde e Silberman apostam tudo na revelação do terceiro ato para compensar a trama visivelmente previsível, mas essa troca frágil apenas prejudica os méritos reais do filme.”
Indiewire (C-)
“As coisas avançam graças a Pugh e à crítica contundente de certas tendências recentes nos cantos escuros mais cheios de testosterona da internet. Com um sorriso borrado de batom, o filme os arrasta para a luz ardente do deserto.”
The Telegraph (4/5)