Confira as críticas do 7º dia do Festival de Veneza

A House of Dynamite (Kathryn Bigelow)

“Bigelow refinou a premissa de um ataque nuclear até transformá-la em um thriller afiadíssimo de “os quês”, “ondes” e “comos”, que deixa o público confrontando um dos maiores “por quês” de todos os tempos.”

The Telegraph (80/100)

“É um thriller tenso, preciso e extremamente sóbrio. A capacidade de Bigelow de transformar uma série de hipóteses em realidade narrativa nunca foi tão precisa ou implacável.”

RogerEbert (100/100)

“O filme tem suas reviravoltas, desvios e reinícios, ao mesmo tempo em que oferece ao público mais informações e o mantém em constante desequilíbrio. Cumpre o que se propõe a fazer: lança você no meio de uma crise e o mantém lá.”

The Wrap (92/100)

“O explosivo e eletrizante thriller em tempo real de Bigelow, narrado a partir de múltiplas perspectivas, em vários níveis do governo, não poupa no sentimento de desesperança. Este é um filme que vai arruinar o seu dia. De nada.”

IndieWire (91/100)

“É um pesadelo processual impecavelmente construído, que conta os minutos desde o lançamento de uma bomba atômica até sua detonação. É de gelar a espinha.”

The Guardian (100/100)

“Ela não está reinventando sua estética (tão imitada) de zooms trêmulos e panorâmicas instáveis. Bigelow já aperfeiçoou esse estilo, e em ‘A House of Dynamite’ ela demonstra total domínio na arte de intensificar a tensão por meio da forma.”

The Playlist (91/100)

The Stranger (François Ozon)

“A nova adaptação de François Ozon, acerta em muitos, muitos aspectos. Antes de tudo, o prolífico cineasta encontra uma maneira requintada de transformar as palavras de Camus em imagens. Neste caso, imagens em preto e branco de altíssimo contraste que transmitem o olhar do autor para o detalhe imersivo, mergulhando-nos em um mundo mediterrâneo de mar, sexo e sol, encantador até se tornar insuportável, como uma prisão a céu aberto que, por fim, se transforma em uma de verdade. Em segundo lugar, e talvez mais importante, Ozon se afasta do texto em alguns pontos-chave para oferecer uma leitura pós-colonial de um romance publicado duas décadas antes de a Argélia se libertar do domínio francês.”

The Hollywood Reporter

“O nível de refinamento na criação da atmosfera é hipnotizante, e o filme funciona como um delírio febril ambientado no ocaso do domínio colonial francês. Mas, como uma adaptação explícita do livro concebido por uma mente em pleno processo de gestar o existencialismo, ele não possui exatamente a coragem necessária ou — ouso dizer — a estranheza.”

IndieWire (67/100)

“A estrela em ascensão do cinema francês Benjamin Voisin entrega um retrato soberbo do desencanto em uma adaptação do livro para o cinema vigorosamente fiel, que valoriza tanto a ameaça quanto o mistério do romance.”

Variety

“‘The Stranger’ ganha sua terceira adaptação em grande parte envolvente, e os pequenos ajustes na trama de Camus conferem um toque de modernidade sem recorrer a uma atualização mais evidente. O filme não espera simpatia pelo privilegiado e impassível Meursault, e certamente não o absolve. ‘The Stranger’ reflete a indiferença dos estados colonizadores e ocupantes, que impuseram seus valores e violências por séculos, e como uma vida de individualismo nos torna, senão monstros, certamente cruéis.”

Little White Lies

“A adaptação de François Ozon está em seu melhor quando se mantém fiel à letra e ao tom da duradoura e enigmática novela de Camus, sobre um jovem colono na Argel dos anos 1930 que vive um caso de amor antes de assassinar um estranho. Filmado em um preto e branco atmosférico e adequado ao período, e com os jovens atores franceses Benjamin Voisin e Rebecca Marder no elenco, o longa possui uma qualidade sedutora e sintonizada com o espírito do tempo que deve, apesar de alguns problemas de tom e equilíbrio, garantir bons resultados no circuito de cinema de arte após sua estreia na competição de Veneza.”

Screen Daily


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