Resurrection (Bi Gan)
“Resurrection, com toda a sua ambição extraordinariamente complexa, dificilmente pode ser chamado de manifesto, e sem dúvida desafiará os espectadores acostumados a estruturas mais simples. Mas, para quem sente falta do impacto que os filmes costumavam ter sobre nós, ele oferece um desafio único e prazeroso, além de uma lição brilhante sobre a arte perdida de se entregar ao cinema.”
Variety
“Provavelmente o pior filme em competição em Cannes este ano é um forte candidato ao prêmio de Melhor Direção do festival — e com razão. Durante a primeira exibição para a imprensa, os corredores da sala de projeção pareciam cenas de Êxodo, de Otto Preminger, e era difícil dizer quantos dos que permaneceram em seus assentos estavam sequer conscientes disso.”
Deadline
“Um filme que é ao mesmo tempo sobre o encanto dos sonhos e do próprio cinema, com uma trilha incrível do M83, mostra o diretor se desafiando a explorar lugares ainda mais empolgantes, com a mesma dedicação de sempre à sua arte. É um filme com o poder de reprogramar seu cérebro enquanto dialoga com os fantasmas do passado do cinema.”
The Playlist (A-)
“O propósito do filme e seu jeito enigmático, junto com os efeitos visuais impressionantes, podem deixar algumas pessoas meio em cima do muro — e eu mesmo não tive certeza sobre os efeitos causados pelo seu estilo silencioso. Mesmo assim, é uma obra com muito talento envolvido.”
The Guardian (4/5)
“Resurrection parece uma despedida a uma forma de arte. É também um projeto muito pessoal — às vezes até fechado demais — feito em grande escala, usando tudo que o cinema de hoje, tanto analógico quanto digital, tem à disposição.”
Screen Daily

Woman and Child (Saeed Roustaee)
“Essa é uma história sobre como a vida na cidade grande pode ser imprevisível, uma montanha-russa de luto, raiva e dor, que lembra bastante uma novela cheia de crises que parecem só aumentar.”
The Guardian (3/5)
“Quem convence na trajetória da personagem do estresse à devastação — um estado do qual ela nunca se livra, apenas revive de tempos em tempos — é a incrível atriz Parinaz Izadyar. Impressiona como, mesmo tendo que chorar ou gritar tantas vezes, sua atuação nunca soa repetitiva. Ela reage às porradas da vida com uma intensidade sempre renovada, sem deixar que sua personagem, Mahnaz, se torne passiva ou mecânica.”
IndieWire (B+)
“O filme se entrega a uma sequência de choques e reviravoltas, deixando para os atores a tarefa de sustentar o drama na base da emoção — nem sempre da forma mais sutil. E Izadyar, mesmo dentro das limitações do papel, continua envolvente, ainda que como um símbolo um tanto esquemático do sofrimento e da resistência feminina.”
Screen Daily
“A terceira parte da trilogia de Roustayi consegue ser ao mesmo tempo incrivelmente tensa e profundamente comovente ao retratar uma mulher lidando com uma dor inimaginável. E na excelente Izadyar, que transita com total credibilidade da vulnerabilidade à fúria intensa, ele encontrou a parceira ideal para encerrar com chave de ouro seu tríptico feminista.
Time Out (4/5)
“Mesmo em um festival que não tem economizado na dor, com uma experiência angustiante atrás da outra, poucas chegam perto da escuridão que vai tomando conta dessa história. É um filme que faz você se sentir mal como poucos, onde é preciso forçar os olhos para enxergar qualquer fiapo de esperança, enquanto nós, junto com os personagens, somos arrastados por um turbilhão quase sem chance de salvação.
The Wrap
“Seu estilo parece muito mais próximo dos filmes dos estúdios americanos, em comparação com a abordagem relativamente alegórica de outros diretores iranianos que buscam criticar o regime sem assinar suas próprias sentenças de morte. Embora isso deveria tornar Woman and Child mais acessível, a psicologia simplesmente não faz sentido. Em vez de empatia, o público provavelmente sentirá confusão, à medida que Mahnaz age de forma cada vez mais autodestrutiva e irracional, caminhando para um desfecho que traz certo alívio, mas nenhuma resolução real.
Variety

Yes! (Nadav Lapid)
“Yes, de Nadav Lapid, é uma sátira forte, estilizada e provocadora, que lembra o trabalho de George Grosz, só que ainda mais exagerada, com uma coreografia sexual e uma carga de dor política.”
The Guardian (4/5)
“Yes é uma verdadeira orgia de autoaversão que confirma Lapid como o diretor mais visceral do mundo, cena por cena. Em um filme que se desenrola como uma mistura alucinada entre Salo, ou os 120 Dias de Sodoma, de Pier Paolo Pasolini, e a comédia Sim Senhor, com Jim Carrey, Lapid intensifica a violência frenética de sua direção enquanto abraça completamente seu crescente desejo de entrega.”
IndieWire (A-)
“O filme é propositalmente agressivo e escandalosamente decadente, atacando os sentidos ao mostrar de forma explícita atos de autodestruição física e psicológica.“
Hollywood Reporter
“Yes adota uma atitude kamikaze total na sátira política contemporânea. O resultado provavelmente vai ofender muita gente, mas também empolgar pela raiva intensa e agressão constante. Não é para os fracos nem para quem apoia o status quo político de Israel, o que promete gerar debates muito acalorados.”
Screen Daily

