A Private Life (Rebecca Zlotowski)
“Há um aspecto deliciosamente exagerado, quase camp, em boa parte de A Private Life, que é equilibrado com maestria pela intensidade da atuação de Foster.”
Variety
“Zlotowski e Foster se divertem muito com isso, aumentando gradualmente o suspense, e esse é apenas um exemplo do porquê este filme é tão divertido de assistir — um entretenimento adulto, maduro, com algumas estrelas queridas — de Hollywood à França — que é como passar tempo com um velho amigo.”
Deadline
“No fim das contas, é meio difícil saber o que A Private Life quer dizer exatamente, mas comédias sobre recasamento não precisam ser muito mais do que isso — e o final é fofo o bastante pra compensar a derrapada no meio do filme.“
Screen Daily

Eleanor the Great (Scarlett Johansson)
“Johansson falou de forma comovente sobre sua própria herança judaica e sobre seus antepassados que foram assassinados durante o Holocausto no gueto de Varsóvia. Mas, infelizmente, sua Eleanor está longe de ser grandiosa.”
The Guardian (20/100)
“Começa com o charme de uma história leve — amizade entre gerações, que ideia legal! — antes de mergulhar em reviravoltas cada vez mais sombrias. Isso não quer dizer que o filme não seja divertido ou fofo, mas tem algo bem mais profundo e incômodo no centro da trama. E isso vira um baita desafio para as cineastas estreantes. Nem sempre dá certo, mas mesmo quando as coisas não funcionam tão bem, essas tentativas de lidar com temas complicados continuam sendo interessantes.”
IndieWire (67/100)
“Dirigido de forma impessoal por uma das pessoas mais famosas do mundo, “Eleanor the Great” é praticamente o oposto de um filme de autor. O público em Cannes saiu da sessão sem saber muito mais sobre o estilo de direção de Johansson — mas saiu chorando. E era exatamente isso que a estrela de cinema queria.”
The Wrap
“‘Eleanor the Great’ quer muito ser um filme sobre luto. Ele nos diz que o luto está no centro da farsa de Eleanor. Mas quer saber? Eu não acreditei nisso nem por um segundo. Ainda mais quando June Squibb está claramente se divertindo tanto sendo o centro das atenções.”
Variety
“O filme tenta fazer demais, especialmente quando já há drama mais que suficiente no sofrimento pessoal da protagonista. Dar nuance a tudo isso em pouco mais de 90 minutos seria um desafio para qualquer diretor. Para Johansson, parece ser ainda mais. O filme não aposta em uma estética polida e comercial, mas precisava ao menos de um toque de sinceridade visual para elevar a narrativa (os curtas do SNL parecem mais interessantes visualmente do que Eleanor).”
The Playlist (50/100)

It Was Just an Accident (Jafar Panahi)
“Panahi chegou a Cannes com o que talvez seja seu filme mais direto e emocional até agora – uma história sobre a violência do Estado e a vingança, sobre a dor de viver sob uma tirania que se mistura com a rotina do dia a dia. Tem momentos macabros de sátira, humor negro e até uma pegada de comédia de horror. O filme lembra, de um jeito bem iraniano e crítico, algo como Um Morto Muito Louco ou O Terceiro Tiro, do Hitchcock. É mais uma obra marcante, que mistura drama e humor, de um dos cineastas mais ousados e únicos do mundo.”
The Guardian (80/100)
“‘It Was Just an Accident’ é um recado forte para a humanidade e um alerta: é melhor ficar de olho, porque isso pode acontecer em qualquer lugar. O filme destaca de forma comovente as pessoas que são vitimizadas, incluindo o corajoso diretor por trás da obra.”
Deadline
“Como um filme que se dedica a dar voz aos oprimidos e permitir que as pessoas falem a verdade ao poder, ele pode soar um pouco declamatório. Mas a mensagem mais forte da obra – um apelo por arrependimento em vez de vingança – é algo que merece ser repetido.”
Screen Daily
“O mais marcante em ‘It Was Just an Accident’ é que ele junta o humor e o humanismo de Panahi com uma raiva real. Se muitos dos filmes anteriores dele te levavam com calma até você perceber as críticas sobre opressão e injustiça, esse aqui vai direto ao ponto.”
The Wrap
“A conveniência narrativa pode comprometer a credibilidade, mas é um preço pequeno a pagar pelas questões sem resposta que ela adiciona ao filme de Panahi, aprofundando uma parábola cheia de conflitos internos em algo mais complexo e menos resolvido.”
IndieWire (83/100)

Fuori (Mario Martone)
“O filme repetitivo e tediosamente não linear de Martone tenta algo mais impressionista e expansivo, com resultados emocionalmente contidos e, por vezes, estranhamente exploratórios. Embora o roteiro seja vagamente baseado em vários textos de Sapienza, sua própria voz autoral não emerge no que, em grande parte, se resume a uma obra atmosférica dispersa e episodicamente desordenada.”
Variety
“O filme reflexivo de Mario Martone funciona muito bem como um estudo de personagem, da mesma forma que ‘Poderia Me Perdoar?’, de Marielle Heller, capturou as lutas de uma escritora em declínio com grandes ideias.”
Deadline
“Fuori é uma história por vezes envolvente, por vezes autocentrada, sobre a jornada pouco convencional de uma escritora italiana em busca de liberdade pessoal e criativa na Roma do início dos anos 1980. E os saltos temporais não nos distraem do fato de que o enredo é frágil em alguns momentos. Tais falhas são compensadas pela tensão palpável sempre que as duas mulheres se reencontram em Roma, já ambas fora da prisão. Matilda De Angelis está elétrica no papel de Roberta — confiante, mas vulnerável e autodestrutiva — que aplica à vida em geral a mesma impulsividade com que liga um carro na marra quando precisa de uma carona.”
Screen International
“Funcionando como um estudo de personagem centrado em mulheres, um drama carcerário e uma cinebiografia literária de nicho, as duas grandes figuras do cinema italiano constroem uma homenagem inspiradora ao inconformismo.”
IndieWire (75/100)

