Cannes 2025 – Críticas do 7º dia

Alpha (Julia Ducournau)

“Ducournau é definitivamente talentosa quando se trata de técnica e execução, nos chocando com um horror hiper-realista que é, em partes iguais, Cronenberg, Carpenter e Gaspar Noé. Mas ela não sabe quando parar ou simplesmente sentar por um momento e deixar o espectador respirar.”

The Hollywood Reporter

“Uma reflexão confusa sobre uma pandemia, que desperdiça os talentos de Golshifteh Farahani e Tahar Rahim. #Alpha é um sucessor podre de ‘Titane’.”

Variety

“Ducournau adota uma forma mais contida de horror corporal nesta sombria e miserável alegoria sobre a AIDS. Excessivo e mal elaborado ao mesmo tempo, ‘Alpha’ não tem a menor noção do que significa ter 13 anos em um mundo assolado por tragédias.”

IndieWire (25/100)

“A pura e implacável miséria do filme também pode te desgastar. Já as três atuações, por outro lado, são triunfos inesquecíveis. Junto com o poder da visão cinematográfica de Ducournau, é claro, que suporta toda a sujeira do mundo sem perder a força.”

Deadline

“Uma história que entrelaça temas de amor, desilusão e luto com delicada dedicação, deixando você maravilhado não apenas com a habilidade narrativa de Ducournau, mas também com o vasto potencial que sua arte pode alcançar. Com Alpha, Ducournau revelou uma nova camada em seu estilo de fazer cinema, e o filme não é apenas a obra mais envolvente que saiu até agora do Festival de Cannes, mas também um sinal de que ela está longe de ser uma artista de um só truque.”

Collider (90/100)

“Alpha está repleto de ideias, mesmo que nem todas se encaixem em uma história que utiliza algumas persuasões auditivas à moda antiga para tentar nos conquistar. Sua ousadia talvez seja mais comercialmente viável, com Ducournau mirando um coração emocional sob uma camada de elementos de gênero tingidos de horror.”

Screen Daily

“Menos violento e mais devastador do que ‘Raw’ e ‘Titane’, #Alpha não é um filme sobre o início, mas sobre o fim. Mais do que um body horror, é um lamento poético sobre o desaparecimento dos corpos e a permanência dos afetos. Ducournau nos faz aceitar a morte com os olhos marejados, sem esquecer quem foi amado.”

The Wrap

“Estridente, opressivo, incoerente e estranhamente sem propósito do começo ao fim… o novo filme de Julia Ducournau, Alpha, é, sem dúvida, a decepção mais desconcertante da competição de Cannes deste ano; nem mesmo a atuação honesta da protagonista Mélissa Boros consegue salvá-lo.”

The Guardian (20/100)

Eagles of the Republic (Tarik Saleh)

“O que torna “Eagles of the Republic” fascinante é como, mesmo ao deixar o mundo do cinema de lado em seu ato final para adotar elementos mais convencionais de um thriller político, o filme ainda conecta a ação às lutas que Fahmy enfrenta como ator e como porta-voz político.”

IndieWire (75/100)

“Eagles of the Republic não tem o impacto emocional que a gente espera, mas nos faz acreditar que tudo o que Saleh retrata pode ou vai acontecer, e isso já é uma conquista por si só.”

The Playlist (75/100)

“Eagles of the Republic pode ser difícil de acompanhar em certos momentos, especialmente se você não estiver familiarizado com a história recente do país. Mas a atuação de Fares, o roteiro astuto de Saleh e a narrativa identificável de alguém fora de sua zona de conforto mantêm o interesse do público, mesmo quando algumas referências não funcionam. Trata-se de um suspense cômico envolvente e inteligentemente construído, com muito a dizer.”

The Film Stage

Highest 2 Lowest (Spike Lee)

“Tem uma pulsação incrível de energia e vida, movendo-se pela tela com a elegância solta de seu astro Denzel Washington — embora um pouco da sobriedade discreta, do pessimismo complexo e do cinismo do primeiro filme tenha se perdido.”

The Guardian (80/100)

“Spike Lee é muito mais interessante pelo que acrescenta a um projeto do que pelo que retira dele, e ‘Highest 2 Lowest’ está naturalmente em seu melhor quando se desvia do material original.”

IndieWire (75/100)

“No fim das contas, Lee levou High and Low a novos patamares, entregando um filme de gênero instigante que entretém ao mesmo tempo em que soa o alarme sobre os rumos que a cultura pode estar tomando.”

Variety

“‘Highest 2 Lowest’ é uma mistura de cinema profissional reluzente com escolhas curiosas. É uma vitrine tanto para um veterano consagrado, Washington, quanto para uma revelação em ascensão, ASAP Rocky.”

The Wrap

“No fim das contas, o turbilhão energético do filme soa um tanto vazio, com sua enxurrada de temas e impulsos nunca encontrando harmonia.”

Screen Daily

Splitsville (Michael Angelo Covino)

“Se mais comédias tivessem um décimo do charme, da inteligência e da confiança de ‘Splitsville’, o próprio cinema sairia ganhando. Adria Arjona e Dakota Johnson estão hilárias.”

The Playlist (83/100)

“As estrelas atuam dentro de seus arquétipos de forma suficientemente divertida: há prazer individual tanto na atuação contida e descontraída de Johnson quanto na agitação nervosa de Covino, por exemplo, embora, assim como os personagens nunca se encaixem totalmente como um grupo, as energias contrastantes dos atores também nunca chegam a gerar faíscas entre si.”

Variety

“A maior parte funciona, com ambos os casais experimentando diferentes parceiros, com resultados cada vez menos satisfatórios. Tive receio de que tudo saísse dos trilhos e exagerasse demais, mas o filme consegue se manter com os pés no chão graças a um roteiro muito inteligente e espirituoso, que ainda encontra tempo para revelar verdades genuínas sobre o que faz um casamento dar certo. Covino e Marvin são atores cômicos excelentes, não têm medo de se jogar quando necessário, mas também sabem manter tudo autêntico e relacionável. Eles são grandemente auxiliados por Johnson e Arjona, que convencem ao mostrar que, no fundo, estão apaixonadas por esses caras — só não estão dispostas a aguentar loucuras pelo resto da vida.”

Deadline

“Covino e Marvin construíram uma comédia romântica consistentemente divertida sobre a ideia de relacionamentos abertos. Em alguns momentos é meio desleixada e dá mais atenção a um lado da história do que ao outro, mas no fim das contas proporciona uma experiência encantadora.”

IndieWire (83/100)

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