O Agente Secreto (Kleber Mendonça Filho)
“Uma obra-prima imponente, impregnada de história e de uma adoração palpável pelo cinema, ‘O Agente Secreto’, de Kleber Mendonça Filho, representa o esforço mais monumental e ambicioso do diretor em uma carreira até agora sem deslizes. A atuação radiante de Moura transita entre uma raiva justificada, uma despreocupação carismática e, por fim, um medo contido. Em um único filme, o aclamado ator entrega uma performance camaleônica que revela a impressionante magnitude de seu talento dramático.”
The Playlist (100/100)
“O quarto longa-metragem de ficção de Kleber Mendonça Filho é uma explosão de filme encharcado de suor: um thriller com duas linhas do tempo movido por uma energia anárquica e errática, do tipo que se esperaria encontrar ao final de uma bebedeira de dois dias.”
Screen Daily
“O deslumbrante drama de época revela uma surpreendente rede de apoio subterrânea em funcionamento durante o período da ditadura militar no Brasil, quando vidas humanas eram tratadas como descartáveis. Mendonça demonstra uma habilidade notável não apenas de recriar, mas de nos transportar de volta àquele tempo, com seu calor opressor e sua paranoia latente. O diretor desloca o foco dos dissidentes políticos para um outro grupo de heróis: pessoas queer em fuga e mulheres negras, que se sentam com Marcelo na melhor cena do filme, compartilhando histórias que provavelmente nunca foram registradas — agora homenageadas aqui pela primeira vez.”
Variety
“Focado, mas expansivo, o primeiro verdadeiro filme de época do diretor transborda música, cor e estilo do chamado “Milagre Brasileiro”, que marcou o auge da ditadura militar no país — e, ainda assim, todos esses elementos — assim como a maior parte das evidências diretas da própria ditadura — são sublimados na sensação constante de irreverência que permeia o filme. Filho exuma o passado como base para uma história inteiramente fictícia e, ao fazer isso, demonstra como a ficção pode ser ainda mais valiosa como veículo da verdade do que como instrumento para encobri-la.”
IndieWire (83/100)
“Uma travessura cheia de malícia, que inclui identidades secretas, policiais corruptos, esquemas intrincados, a frivolidade do Carnaval, uma perna decepada dentro do estômago de um tubarão e cenas de ação brutais e sangrentas. Coesão ou coerência não estão no topo da lista de atributos do filme de Kleber Mendonça Filho, mas sua desordem faz parte do seu charme.”
The Wrap

Pillion (Harry Lighton)
“‘Pillion’ trata menos do choque causado por algumas cenas bastante explícitas de fetiches gays e mais das nuances do amor, do desejo e das necessidades mútuas dentro de uma relação sub/dom. Tanto Melling quanto Skarsgård demonstram uma compreensão íntima de como funciona a dinâmica de poder entre seus personagens, mas o que dá o verdadeiro impulso a Pillion é a tensão que surge quando Colin começa a querer mais. Skarsgård interpreta as mudanças sutis nas atitudes de Ray com precisão cirúrgica. Este é um papel revelação para Melling.”
The Hollywood Reporter
“Onde nascem os fetiches? Será que já nascemos com certas inclinações por determinadas sensações, ou esses desejos ilícitos são despertados pela experiência? Sigmund Freud tinha algumas teorias sobre o assunto, assim como ‘Pillion’, de Harry Lighton, um psicodrama sensual e artístico, com pouca análise, mas que não hesita em mostrar a semente de uma nova excitação para um homem.”
Variety
“Um novo clássico natalino mais ousado para fãs LGBTQ de ‘Carol’ e ‘Tangerine’: canções de Natal ao piano com a família são seguidas por um boquete num beco com um desconhecido atraente. Mas por trás do conteúdo sexual sem pudores, a estreia de Lighton é puro romance, começando com uma versão em francês de “I Will Follow Him”, prenunciando a devoção desesperada que Colin desenvolve por Ray em sua relação dom/sub. Lighton utiliza de forma belíssima o universo do kink e do BDSM como um terreno fértil para explorar o anseio e a devoção que acompanham o amor não correspondido, além do delicado equilíbrio entre aprender a se amar e manter um senso de independência. Com a ajuda de Skarsgård e Melling, o filme navega pelas turbulentas idas e vindas de um relacionamento, à medida que cada um sacrifica partes de si mesmo em nome da possibilidade do amor.”
Deadline
“No fim das contas, é uma história de amor profundamente comovente, uma na qual nos tornamos os submissos à visão estranha, bela e sensual de Lighton. E ajuda muito ter dois atores totalmente entregues e comprometidos com essa visão, dispostos a ir até onde for preciso, correntes, mordaças, calças sem traseiro e tudo mais.”
IndieWire (91/100)
“‘Pillion’ não busca provocar, mas sim explorar, de forma autêntica e sensível, um lado da cultura gay raramente retratado no cinema mainstream. O peso emocional e dramático recai quase inteiramente sobre Colin, e Melling causa um forte impacto em um papel muito distante de sua interpretação como o grosseiro Duda Dursley em ‘Harry Potter’, mergulhando na vulnerabilidade e solidão que levam Colin a buscar a felicidade por caminhos nada convencionais.”
Screen Daily

O Esquema Fenício (Wes Anderson)
“Melhor do que o frio ‘A Maravilhosa História de Henry Sugar’ e o distante ‘Asteroid City’, mas menos tocante que ‘O Grande Hotel Budapeste’, o novo filme de Anderson ainda é artificial demais pra realmente emocionar. Ainda assim, continua sendo encantador e divertido, e Benicio del Toro faz um excelente protagonista, sério e imponente.”
The Playlist (75/100)
“Seu delicado, espirituoso e maravilhoso ‘The Phoenician Scheme’ é o filme mais andersoniano de Wes Anderson até hoje, mas, por outro lado, todos eles são, e essa é a graça deles.”
The Telegraph (100/100)
“Sejam fãs de carteirinha de Wes Anderson ou céticos em relação ao seu estilo, quem assistir à sua nova comédia provavelmente vai se perguntar se um dia ele vai fazer algo que não tenha tanto a sua cara.”
BBC (60/100)
“O novo filme de Wes Anderson é superficialmente parecido com os outros. Mas, ao mesmo tempo, é muito diferente. De certo modo, é o trabalho mais desafiador dele, mesmo sendo, como os filmes dele costumam ser, leve e acolhedor.”
The Wrap
“Del Toro e Threapleton formam uma ótima dupla como pai e filha aprendendo a se relacionar. Anderson construiu o papel de Del Toro em torno do ator, que retribui com uma belíssima performance, personificando o carisma distante de um magnata moralmente duvidoso com uma facilidade impressionante.”
The Hollywood Reporter
“Anderson mais uma vez experimenta diferentes técnicas e estilos, alguns sendo mais sutis que outros. Embora ainda dependa em grande parte de seus truques antigos, ele tem novos métodos que estão se mostrando muito bem-sucedidos.”
Collider (80/100)
“É impossível dizer que todos os filmes do Wes Anderson são iguais quando ‘The Phoenician Scheme’ prova que o diretor se diverte mesmo é quando resolve quebrar as próprias regras. Pode não agradar a todo mundo, mas a capacidade dele de se reinventar sem perder a própria essência continua sendo um grande acerto.”
Empire (80/100)
“Mais linear do que ‘Asteroid City’ ou ‘O Grande Hotel Budapeste’ e, ao mesmo tempo, significativamente mais difícil de acompanhar do que os dois, ‘The Phoenician Scheme’ é o filme mais agitado de Anderson e também — pelo menos à primeira vista — o menos gratificante.”
IndieWire (67/100)

